A comunicação é a ferramenta civilizatória mais importante e decisiva, criada pela humanidade para o seu desenvolvimento e aperfeiçoamento.
Desde as primitivas e incipientes formas de compartilhamento de idéias e
visões de mundo na infância da espécie humana consistentes nas
pinturas rupestres - testemunho vivo do gérmen da genialidade da espécie -, em que o homem pré-histórico representava toscamente nas paredes das cavernas o seu cotidiano, até os instumentos mais modernos e sofisticados como a internet, o homem vem ideando sucessivas, e cada vez mais elaboradas, formas de dar vazão a seu inato anseio de interagir, compartilhar e colaborar com seus semelhantes na formidável aventura que é a civilização.
Neste longo processo evolutivo, o advento da rede mundial de computadores é um divisor de águas. Uma radical mudança de patamar na interlocução entre os seres humanos.
Não se exagera quando se diz que o tempo histórico da comunicação humana se redefiniu, dividindo-se agora em: Antes da Internet (a.i.) e Depois da Internet (d.i.).
Não se pode negar que a singular peculiaridade desse espaço existencial que se expressa no plano da virtualidade encontra-se na instantaneidade com que se estabelecem os contatos interpessoais - muitas vezes alcançando níveis de intimidade impensáveis no mundo real -, na fragilidade e fugacidade desses vínculos e, não se pode desconsiderar esta faceta, do anomimato que protege a privacidade dos indivíduos.
A internet é um território de convivência grandemente subtraido à coerção imposta pelos valores prevalecentes no meio social.
Sua fantástica capilaridade e abrangência permitem o inimáginavel há até pouco tempo: a paradoxal conformação de um universo virtual paralelo em que se pode experimentar vivências interpessoais absolutamente reais, eis que perceptíveis nas vidas das pessoas.
Daí vem toda a grande Sedução.
Basta você se conectar à rede para ter acesso ao mundo, não simplesmente virtual ... mas sensível ... do qual participam pessoas reais, que interagem como seres de carne e osso e compartilham do mesmo drama da vida ...
Quantos encontros, expectativas ... e talvez ainda mais desilusões ... não encontram nesses verdejantes campos virtuais infinitos terreno fértil para que germinem, cresçam e deêm seus frutos ...
De outro lado, em certo modo, a internet relativiza as leis da evolução criadas pela natureza que ao desenvolver os cinco sentidos de que é dotada a raça humana, parece indicar nitidamente a intenção de que os homens devem interagir.
Num contrasenso, no atual estágio evolutivo, a tecnologia subverte a lógica da comunicação ao permitir que a mesma aconteça sem que se faça sem o calor e o colorido de uma voz, desprovida de expressão facial de um rosto conhecido, da gesticulação que encena a ênfase ... às vezes resume-se a meros sinais grafados ... enfim, as palavras ... elas parecem ser uma nota constante na odisséia humana ... o universo parece conspirar para que nos comuniquemos.
No início era o Verbo ... e ainda hoje, talvez sempre ...
5 comentários:
Minha querida DEUSA,
tudo que disse é absoluta verdade! Obrigado por ter ajudado a divulgar a nossa Tertúlia, que fez parte dessa sua oportuna tese e postagem!
Bjs
Aih hein... Arrasou :)))))
Amiga linda..é verdade, tudo começou com a Tertúlia..kkkk
Mas..teremos outras..com certeza.
Que texto..é isso mesmo.
Adoro você também..
Super beijossssssss
Rê.
Concordo inteiramente. Belo texto. Até à próxima brincadeira.
Parabéns,belissimo texto,captou com muita sensibilidade o que a rede representa hoje para a humanidade.
bjs
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