domingo, 10 de janeiro de 2010

LAND ART



A expressão "land art " refere-se às criações artísticas que utilizam como suporte, tema ou meio de expressão o espaço exterior.
A partir do final da década de 60 torna-se evidente a procura da natureza (o campo, o deserto ou, mais raramente, o espaço urbano e o mar) por alguns artistas, inicialmente americanos, mas integrando significativas contribuições de artistas ingleses e holandeses, para desenvolverem obras de arte. Estes artistas, que se integram num movimento cultural mais vasto que preconiza o "regresso à natureza", têm a intenção de ultrapassar as limitações do espaço tradicional das galerias, recusando o sentido comercial e mercantilista que a produção artística assumia nesta década. Quase todas as manifestações de Land Art são efémeras, ligando-se intimamente à paisagem para e na qual foram criadas, procurando normalmente locais inacessíveis ao público. Estas experiências, destruídas mais ou menos rapidamente por acção do tempo e dos agentes naturais, colocam o problema da perenidade da obra e determinam a necessidade de usar meios de registo e de documentação como o vídeo ou a fotografia. Muitos destes trabalhos são apenas conhecidos pelos documentos que os representam.

A corrente da Land Art apresenta duas tendências. Uma, mais delicada, entende o natural como lugar de experimentação, com grande liberdade de acção. Foi protagonizada pelo holandês Marinus Bozem e pelos ingleses Barry Flannagan e Richard Long, que realizaram trabalhos com folhas e pedras, colocados na paisagem onde pretendiam colocar em paralelo diferentes formas naturais.
Outra tendência, centrada nos Estados Unidos, exprime-se de forma mais radical e espectacular. Uma das suas experiências mais conhecidas é a "Espiral", realizada por Robert Smithson em 1970, no Great Salt Lake , construída com terra e pedra sobre a água, numa extensão superior a quatrocentos metros, posteriormente destruída pela própria água.
A Land Art lida com a perenidade com tranquilidade aí eu questiono o que é tão perene quanto a nossa vida?

2 comentários:

Mari Amorim disse...

Li.amada.

deixo-lhe esse haikai com votos de um ano cheio de paz,saudades

chuva lá fora –
os pássaros, molhados,
foram embora
Boas energias
Mari

Deusa disse...

Mari querida
saudades de voce
Adoro vc por aqui
Beijo e Abraço carinhoso